Erros comuns na gestão de redes (e como evitá-los no seu ISP)
Principais erros na gestão de redes de ISPs e como evitá-los para garantir estabilidade, desempenho e segurança.
A gestão de redes é um dos pilares para a operação saudável de qualquer provedor de internet. No entanto, muitos ISPs ainda cometem erros que parecem pequenos, mas que geram instabilidade, retrabalho, perda de desempenho e custos desnecessários.
Neste artigo, mostramos os principais erros, baseados na vivência prática que a Teif Tecnologia tem com provedores de diferentes portes, e como evitá-los.
Falta de monitoramento contínuo da rede
Um dos erros mais frequentes é a ausência de monitoramento ativo e centralizado. Muitos provedores ainda dependem apenas de alertas manuais, reclamações de clientes ou verificações pontuais.
Por que isso é um problema?
Sem monitoramento, incidentes simples se tornam grandes interrupções. A equipe trabalha de forma reativa e não preventiva.
Como evitar:
- Utilize ferramentas de monitoramento em tempo real
- Acompanhe indicadores como latência, perda de pacotes e uso de CPU
- Crie alertas automatizados
- Tenha dashboards práticos para tomada de decisão
Não padronizar configurações e processos internos
A falta de padronização é uma das causas mais comuns de configurações inconsistentes, equipamentos com setups diferentes e dificuldade de suporte.
Impactos mais comuns:
- Dificuldade para escalar a rede
- Retrabalho
- Risco maior de falhas humanas
- Equipes sobrecarregadas
Boas práticas:
- Criar templates de configuração
- Registrar processos operacionais
- Revisar padrões periodicamente
- Usar inventário centralizado
Documentação desatualizada (ou inexistente)
Surpreendentemente comum, a documentação é vista como “burocracia”, mas faz falta justamente quando a operação mais precisa.
Problemas causados pela falta de documentação:
- Dificulta o onboarding de novos técnicos
- Atrasos em atendimentos
- Desconhecimento das rotas e dependências
- Menor eficiência em manutenções emergenciais
Como corrigir:
- Use ferramentas de inventário
- Mantenha mapas de rede atualizados
- Registre alterações relevantes
- Adote revisão trimestral da documentação
Depender de um único profissional-chave
Outra fragilidade é a rede “depender de uma pessoa”.
Quando só um técnico conhece as configurações críticas, qualquer ausência vira risco operacional.
Riscos dessa prática:
- Gargalos no suporte
- Falta de continuidade
- Falhas demorando mais para serem resolvidas
- Sobrecarga e desgaste da equipe
Como evitar:
- Treinamento cruzado
- Processos documentados
- Divisão clara de responsabilidades
- Cultura de compartilhamento de conhecimento
Uso inadequado de logs ou ausência de análise
Os logs são uma fonte valiosa de informação. Porém, muitos ISPs não configuram logs completos ou não analisam eventos com regularidade.
Consequências:
- Problemas recorrentes sem diagnóstico
- Dificuldade para entender incidentes
- Vulnerabilidades passam despercebidas
Melhorias recomendadas:
- Centralizar logs
- Criar rotinas de análise
- Identificar padrões de falhas
- Utilizar logs para auditoria e segurança
Crescimento da rede sem planejamento adequado
Crescer é bom, mas crescer sem previsibilidade gera colapsos.
Erros típicos:
- Não prever aumento de tráfego
- Adquirir equipamentos incompatíveis
- Topologias improvisadas
- Falta de redundância em pontos críticos
Como fazer certo:
- Planejamento de capacidade
- Avaliação técnica antes de ampliar POPs
- Estudo de impacto para cada mudança
- Plano de evolução de rede para 12–24 meses
Segurança negligenciada
Mesmo com o aumento de ataques DDoS, tentativas de invasão e exploração de serviços como SNMP, Winbox ou SSH, muitos provedores ainda mantêm configurações vulneráveis.
Riscos incluídos:
- Quedas generalizadas
- Roubo de dados
- Paralisação de serviços
- Multas por não conformidade
Ações essenciais:
- Autenticação forte
- Backups criptografados
- Hardening de roteadores e servidores
- Atualizações constantes
Não medir indicadores de performance da rede
Sem métricas, não há gestão profissional.
Indicadores fundamentais para ISPs incluem:
- Tráfego por setor e por POP
- Uso de backbone
- Taxa de reincidência de falhas
- Status e saúde das redundâncias
Sem dados, o provedor opera às cegas.
Conclusão
Evitar os erros comuns na gestão de redes exige monitoramento contínuo, padronização, documentação e planejamento estruturado. São ações simples, mas que transformam a operação, reduzem falhas e aumentam a performance.
A experiência da Teif Tecnologia mostra que ISPs de qualquer porte conseguem evoluir rapidamente quando estruturam esses pilares. O ganho é direto: mais estabilidade, mais confiança do cliente e menos retrabalho.
Fale com a Teif para otimizar sua rede
Se você quer elevar o nível da gestão do seu provedor e reduzir problemas operacionais, fale com a Teif Tecnologia:
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